quarta-feira, 6 de agosto de 2008

(LG2A!) And while the guitar keeps doing that solo, i crack my bones and write.

É... Faculdade de Logística... doideira, não?

Bem, antes de escrever qualquer coisa sobre isso, acho que vou escrever um pouco sobre mim... já faz um bom tempo que não faço isso, então... back to the memories.

Acho que todos que me conhecem já perceberam o quanto eu sou "na minha", e um bocado afastado da realidade. Bem, afastado da realidade é algo que eu gostaria de CONSEGUIR ser, de fato.

Bem... desde garoto, na escola, eu fui assim. Nunca saía com os colegas, fiz pouquíssimos amigos, sempre fui fechado na minha e meu mundo sempre foi meu quarto.
Também nunca me entendí muito bem com minha família, o que ajuda um bocado.
Bem, após repetir a 8ª série pela 2ª vez (pelo fato do meu pai ter recusado meu pedido de fazer supletivo da primeira vez...), e com muita dificuldade de estudar, assistir aulas, essas coisas, eu terminei o fundamental com o supletivo do CES, aquelas apostilas que você pega e faz a prova depois.
Meu 2º grau, com exceção das risadas e situações absurdas que presenciei, passou totalmente em branco. Isso porque fiz meu 2º grau com um supletivo no SESI. E verdade seja dita, lá, pra aprender, você tem que querer MUITO, e bota MUITO nisso.
E bem... eu queria mesmo era acabar logo. As únicas matérias que fiz com dedicação de certa forma foram história, que gosto muito, e inglês, que era divertido, pois eu fazia o módulo em 2 minutos e 45 pessoas copiavam nos 50 minutos restantes.
Logo no ano seguinte ao que concluí o SESI, empurrado ao extremo pelo meu pai, comecei uma faculdade de Ciências da Computação na UBM, achei que até ia dar certo, por eu ser extremamente "ligado" a computadores desde pequeno. Foi só começarem a falar de monografia, trabalhos e coisas assim, que eu comecei a sentir enjôo, e saí fora. Digamos que, o período "anormal mais normal" da minha vida terminou aqui.

No mesmo ano (2005) , meu avô, a única pessoa com quem eu tinha prazer de conversar as coisas mais bobas, cantar junto músicas antigas de carnaval que ele me ensinava, faleceu. Comecei a trabalhar na loja Foto Brasil, uma das fotográficas mais conhecidas da região, na qual meu avô era o sócio-quase-dono. Foram 2 anos de experiência no comércio, de atendimento a clientes, de problemas, de horas divertidas por mais que a situação não fosse boa. Porém, os problemas que eu já tinha em me relacionar com as pessoas foi se agravando, eu sentia medo, nervoso. Estive em alguns médicos que tentaram me tratar com medicamentos para fobia social e até mesmo sindrome do pânico, mas um pouco adiante é que vim a conhecer a doença que tenho, que seja chama Distúrbio do Défcit de Atenção, ou DDA. É uma variação do TDAH (transtorno do défcit de atenção com hiperatividade). Essa sempre foi a causa do meu "desligamento" momentâneo que ainda ocorre muito, de eu viver transbordando pensamentos e ter problemas com isso, e das constantes crises de depressão.

Por essas e outras, meu mundo sempre foi esse. Computador, jogos, música. Bem, só serviu pra uma coisa, e muito bem, que foi o meu aprendizado de inglês. Desde pequeno querendo saber o significado de cada palavra que lia nos jogos, mais pra frente buscando na internet por páginas e mais páginas em inglês sobre jogos e filmes, e começando a conversar com americanos, fui moldando esse aprendizado, as vezes com ajuda de minha irmã mais velha Carolina, que também é professora de inglês (formada com curso e tal), e que hoje em dia costuma mais pedir ajuda pra mim do que eu pra ela. E foi assim que eu aprendí, e que hoje poderia estar lecionando, se eu tivesse alguma vontade de fazer isso. Mas é muito legal, ajudo sempre que posso portanto qualquer coisa em inglês que tiverem problema, podem perguntar pra mim que eu ajudo numa boa. Fazer legendas pra filmes e seriados também é muito legal.

E mais uma coisa pra encerrar isso, música. As pessoas as vezes tem um certo "receio" de mim, bem, de fato preconceito bobo, por me ver com camisas de banda de heavy metal (ou trash metal, black metal, death metal, vide outros sub-gêneros), e a cruz invertida no pescoço, que digo, NÃO TEM NADA A VER com meu gosto musical. Eu não sou "satanista" nem nada desse tipo.

Gosto muito de metal assim como amo música clássica, Bluegrass, sou um fã totalmente apegado ao Blues, principalmente Stevie Ray Vaughan e B.B. King, adoro Ray Charles, algumas bandas mais leves, e se for olhar o que eu gosto aqui no Brasil, haha, por mais estranho que pareça, eu adoro Zeca Pagodinho. Isso porque de "pagode" ele não tem nada. Ele sempre foi um sambista nato, acho suas letras super divertidas.

Por outro lado, nunca chegue perto de mim com funk, axé ou pagode. Eu DETESTO, tenho nojo desse tipo de barulho, e sinceramente não entra no meu cérebro como alguém poderia gostar. Principalmente como poderia uma mulher gostar. O mais irônico é ver aquela mulher que fala de direitos femininos, de igualdade, rebolar com um batuque desses com uma letra que simplesmente DESTRÓI a imagem da mulher, o que, infelizmente, acontece na maioria das porcarias que se ouve por aí. Ah gente, na boa. Depois querem falar de "valores morais" e coisa assim... onde foram parar esses? A mulher é a coisa mais perfeita que existe nesse mundo, e tenho que admitir que o homem, a coisa mais burra, porque não percebe isso.

( OBS idiota, mas importante -> Minha vida amorosa é um fracasso total, só tive uma namorada na vida e durou um mês, e as 2 pessoas que amei de verdade na vida só me quiseram como amigo, mas ainda assim eu sigo minha vida, com meus valores (in)felizes, sendo o pateta-romântico-das-antigas que sempre fui.)


... enfim...
Pra quem teve paciência de ler até aqui...
Gostaria de dizer que, admiro muito todos vocês. E tenho muito, muito a agradecer.
Quando entrei na faculdade, isso é, quando cheguei lá, faria minha matrícula pro curso de redes. Mas não iria abrir turma, e um dos meus amigos inventou de fazer Logística, coisa que eu não tinha a menor idéia do que era. Mas, tinha 2 amigos comigo, e era tudo que precisava.
Logo no início, um deles saiu, mas um continuou e logo na próxima semana outro amigo de infância estava na sala. Ao longo da faculdade, os trabalhos junto com cada um de vocês, as conversas com todos e também com os professores, me ajudaram MUITO.
Perdí muito do medo que estava sentindo, e apesar dele voltar as vezes, olho ao redor e isso me conforta. Sei que tenho alí pessoas com quem posso contar de verdade, pessoas que me receberam de forma super simpática e carinhosa, e eu vou ser eternamente grato a vocês.
Bem, é isso aí. Mais um período daquela maluquice começou, nós já temos 1 professor com problemas cardíacos, uma metralhadora de trabalhos e pesquisas e uma matraca dando 2 aulas seguidas, ah sim, o banana do Eric também né, esse todo mundo conhece mesmo. Mas tá tranquilo, daqui a pouco o ano acaba, e estamos aguardando começar o terceiro.

Um grande abraço a todos,


Bruno Barbosa de Andrade.

Um comentário:

Letícia disse...

Nossa Bruno gostei muito da "sua historia".
É sempre bom poder conhecer um pouquinho mais de quem a gente "convive". E é melhor ainda quando nos identificamos com a pessoa...
Adorei o que vc escreveu sobre "funk etc...e mulheres"... porque são poucos os homens que pensam assim, você sabe. Muito bom ter um amigo que tem valores e cerebro e o utiliza (coisa que ultimamente anda tão rara né mesmo)
Eu li até o fim, tá bom? hehe e podia ter escrito mais que eu ia ler bobão...
Olha gosto muito de vc; continue com o blog que está otimo estou sempre por aqui acompanhando.

abraços sua amiga Lê.